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08 de Novembro de 2017

Maior aprendiz

Por: Lucas Miguel Gnigler

alguns dias conversei durante algumas horas com um empresário. Ele tem décadas de experiência. Eu já esperava a boa conversa, mas fiquei impressionado com a quantidade de informação de qualidade que captei. Anotei bastante coisa.

E fiquei pensando no seguinte: como fazer para aprender com essas pessoas? Ajudou ter ido preparado: papel e caneta, vontade de questionar e descobrir. Mas nem sempre temos acesso — pelo menos é isso que pensamos. Na prática, será que as pessoas não são acessíveis?

São. O maior problema é o desinteresse de quem precisa aprender. Nesse caso, por exemplo, poderia me oferecer como voluntário durante um mês. Colocaria uma mesa na sala dele e só observaria e tomaria nota de tudo. Ajudaria no que fosse preciso (café, xerox) em troca de informação. Durante um mês observando, questionando e anotando, você conclui uma pós-graduação inteira.

Aprender é uma habilidade que se aprimora. Você aprende a extrair e filtrar o conhecimento. E com o tempo você vai pegando o jeito. É uma prática. Há alguns dias, enquanto eu praticava, outro empresário me disse que queria mas não podia trocar de carro. Desconfiei do motivo, mas interroguei mesmo assim — perguntar, e não achar que já sabe, é fator crítico no processo de aprendizagem.

Ele me disse que tem medo de o que os clientes (e funcionários) vão pensar. Podem imaginar que ele está ficando rico, ganhando muito dinheiro “em cima” deles. E por isso prefere não investir em coisas que se confundam com ostentação.

Difícil afirmar se há um certo e um errado na situação. Cada um faz o que achar melhor, diriam alguns. Mas no nosso cenário, na nossa cultura, em cidades pequenas, o que fazemos tem consequências — e causam percepções distintas.

Esse é o aprendizado, que também pode fomentar outras questões. Por exemplo: é possível vender e prosperar sem entender as pessoas? Ou ainda: compramos novos bens em função de necessidades? Desconfio que quase nunca. De um jeito ou de outro, seus investimentos mostram quem você é, o que você valoriza. Ah, e vale lembrar que essa percepção dos outros se forma principalmente nas redes sociais.

Enfim, resumindo: aprender é saber perguntar e saber ouvir — em casa, nas empresas, na sala de aula. Hoje em dia, aprender não é mais um privilégio. É uma opção.

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